Vivemos em dias em que qualquer pessoa recebe fácil o status de “amigo”. Lembro-me de quando surgiu a febre do Orkut e algumas pessoas ganhavam do dia para a noite milhares de… “amigos”, virou até uma certa competição ver quem tinha mais… “amigos”. Mas o que é um amigo real? Como você pode saber que determinada pessoa de fato é sua amiga?
De todas as passagens das Escrituras que versam sobre o tema uma fala de Jesus sobre o assunto sempre me chamou a atenção. Em João 15 o Senhor diz aos seus apóstolos: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer“. Nós podemos extrair basicamente três lições dessa afirmação, uma de cada frase.
Jesus começa a tocar no tema da amizade com uma bordoada na cara: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos“. Ou seja: amigo é aquele que seria capaz de abrir mão das coisas mais importantes para ele em favor de você. Forte isso. Mas as palavras não dão margem a interpretação: amigo é o que dá a vida por quem lhe é caro. E nossa vida é nosso bem mais precioso. Então abrir mão de nosso tempo, de nosso dinheiro, de nosso descanso, de nossas facilidades e prioridades, de nossos planos em função daquele que chamamos de amigo não é nada. Ou pelo menos não deveria ser. Aí eu te pergunto: por quantas pessoas você faria isso? A resposta a essa pergunta vai te mostrar de quantas pessoas você é realmente amigo.
Mas Jesus não para aí, a coisa fica ainda pior: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando”. Claro que aqui temos de pôr em perspectiva. Não vamos sair por aí satisfazendo como escravos os desejos de nossos amigos. Numa aplicação humana, podemos transpor a obediência que Jesus pediu ao entendimento de que amizade pressupõe cumplicidade. Pois enquanto Jesus tinha mandamentos, nós temos anseios e desejos e atender os anseios dos que nos são caros é um grande gesto de amizade. Tomar iniciativas para deixá-los felizes, fazer por onde alegrá-los e mesmo sem que peçam nos pôr à disposição. Grandes provas de amizade.
O terceiro ponto está em “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer“. Aqui temos de levar em conta que o próprio Deus encarnado, a quem todo joelho se dobrará e que tem toda majestade e soberania sobre o universo volta-se para aqueles que Ele criou unicamente para sua glória e faz um upgrade de status extraordinário: de servos para amigos. E por quê?
Porque, em suas palavras, Ele revelou aos serviçais coisas que estavam claras e eram conhecidas apenas entre Ele e o Pai. “Tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer“, ou seja: deu a quem não tinha algo chamado intimidade. Essa é a palavra-chave: in-ti-mi-da-de. Ou seja: conhecimento do íntimo. Conhecimento daquilo que ninguém mais conhece. Só o Filho tinha ouvido do Pai, mas Ele resolve transmitir aos seus servos. Fabuloso. Jesus aqui revela o maior indicador de amizade de todos: dar-se a conhecer. Sem o conhecimento do oculto, não há real amizade. O amigo real, nas palavras do Messias, é aquele que vai na profundidade do outro, que não se contenta com a superfície.
Não é fácil ter amigos. Teremos poucos ao longo da vida. Pessoas que nos seguem no Twitter ou no Facebook teremos às centenas; conhecidos idem; montes de colegas de escola, faculdade, trabalho e igreja; gente interessada no que podemos oferecer e bajuladores serão vários. Mas Jesus nos dá a receita para desenvolver amizades reais, aquelas poucas que valem ouro: o amigo verdadeiro é o que abre mão das coisas mais importantes para ele em seu favor, que toma iniciativas para deixar você feliz mesmo que você não peça e, acima de tudo, que tem intimidade, que conheça você no íntimo, além das superficialidades.
Se você conhecer alguém que reúna essas características, esse é o tal amigo que a Bíblia diz que é mais apegado que um irmão. (Pv 18.24). E Pv 17.17 fecha com chave de ouro: “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade”. E aqui algo essencial. O amigo verdadeiro não é aquele de quem gostamos com amizade, é aquele de quem gostamos com amor. Biblicamente, se você não pode virar para seu amigo e dizer “eu te amo”… saiba que ele não passa de um bom companheiro.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Maurício Zagari
http://apenas1.wordpress.com/2012/01/02/seus-amigos-sao-mesmo-seus-amigos/
De todas as passagens das Escrituras que versam sobre o tema uma fala de Jesus sobre o assunto sempre me chamou a atenção. Em João 15 o Senhor diz aos seus apóstolos: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer“. Nós podemos extrair basicamente três lições dessa afirmação, uma de cada frase.
Jesus começa a tocar no tema da amizade com uma bordoada na cara: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos“. Ou seja: amigo é aquele que seria capaz de abrir mão das coisas mais importantes para ele em favor de você. Forte isso. Mas as palavras não dão margem a interpretação: amigo é o que dá a vida por quem lhe é caro. E nossa vida é nosso bem mais precioso. Então abrir mão de nosso tempo, de nosso dinheiro, de nosso descanso, de nossas facilidades e prioridades, de nossos planos em função daquele que chamamos de amigo não é nada. Ou pelo menos não deveria ser. Aí eu te pergunto: por quantas pessoas você faria isso? A resposta a essa pergunta vai te mostrar de quantas pessoas você é realmente amigo.
Mas Jesus não para aí, a coisa fica ainda pior: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando”. Claro que aqui temos de pôr em perspectiva. Não vamos sair por aí satisfazendo como escravos os desejos de nossos amigos. Numa aplicação humana, podemos transpor a obediência que Jesus pediu ao entendimento de que amizade pressupõe cumplicidade. Pois enquanto Jesus tinha mandamentos, nós temos anseios e desejos e atender os anseios dos que nos são caros é um grande gesto de amizade. Tomar iniciativas para deixá-los felizes, fazer por onde alegrá-los e mesmo sem que peçam nos pôr à disposição. Grandes provas de amizade.
O terceiro ponto está em “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer“. Aqui temos de levar em conta que o próprio Deus encarnado, a quem todo joelho se dobrará e que tem toda majestade e soberania sobre o universo volta-se para aqueles que Ele criou unicamente para sua glória e faz um upgrade de status extraordinário: de servos para amigos. E por quê?
Porque, em suas palavras, Ele revelou aos serviçais coisas que estavam claras e eram conhecidas apenas entre Ele e o Pai. “Tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer“, ou seja: deu a quem não tinha algo chamado intimidade. Essa é a palavra-chave: in-ti-mi-da-de. Ou seja: conhecimento do íntimo. Conhecimento daquilo que ninguém mais conhece. Só o Filho tinha ouvido do Pai, mas Ele resolve transmitir aos seus servos. Fabuloso. Jesus aqui revela o maior indicador de amizade de todos: dar-se a conhecer. Sem o conhecimento do oculto, não há real amizade. O amigo real, nas palavras do Messias, é aquele que vai na profundidade do outro, que não se contenta com a superfície.
Não é fácil ter amigos. Teremos poucos ao longo da vida. Pessoas que nos seguem no Twitter ou no Facebook teremos às centenas; conhecidos idem; montes de colegas de escola, faculdade, trabalho e igreja; gente interessada no que podemos oferecer e bajuladores serão vários. Mas Jesus nos dá a receita para desenvolver amizades reais, aquelas poucas que valem ouro: o amigo verdadeiro é o que abre mão das coisas mais importantes para ele em seu favor, que toma iniciativas para deixar você feliz mesmo que você não peça e, acima de tudo, que tem intimidade, que conheça você no íntimo, além das superficialidades.
Se você conhecer alguém que reúna essas características, esse é o tal amigo que a Bíblia diz que é mais apegado que um irmão. (Pv 18.24). E Pv 17.17 fecha com chave de ouro: “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade”. E aqui algo essencial. O amigo verdadeiro não é aquele de quem gostamos com amizade, é aquele de quem gostamos com amor. Biblicamente, se você não pode virar para seu amigo e dizer “eu te amo”… saiba que ele não passa de um bom companheiro.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Maurício Zagari
http://apenas1.wordpress.com/2012/01/02/seus-amigos-sao-mesmo-seus-amigos/
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